— Será que o fundo nasceu pronto ou foi montado depois? —
A oferta pública do Bedford foi estruturada pela Cartesia em parceria com o Banco Daycoval, com alvo de R$ 130 milhões.
O prospecto indica um único investidor pessoa jurídica subscrevendo 1,3 milhão de cotas a R$ 100,00 cada.
Nos informes do próprio Bedford, não aparecem reflexos contábeis claros que expliquem a integralização desse montante no período subsequente.
• Se o dinheiro foi de fato aportado, por que não aparece de forma inequívoca nos demonstrativos do próprio fundo?
• Qual foi, exatamente, o papel do Daycoval na fiscalização, validação de cronograma e comprovação dos fluxos?
A captação foi formalmente encerrada no mês informado ao mercado.
Poucas semanas depois, houve substituição de administração/gestão do Bedford.
Informação operacional: Daycoval deixa a operação no mesmo ciclo em que Cartesia sai da gestão.
A gestora saiu depois de finalizar a captação e transferir o CRI inteiro para o Bedford.
A gestora que estruturou sai logo após captar
• Por que a gestora sai logo após captar? O que mudou entre a captação e a transferência de gestão?
• Daycoval foi informado e concordou? Teve papel nessa decisão?
• Há um site “institucional” do Bedford; porém, a carteira reportada é composta por ativos ligados à Cartesia. Isso significa o quê? Independência ou continuidade disfarçada?
Relatórios mensais mostram CRI vinculado ao mesmo originador já listado antes do encerramento formal da captação.
O CRI já estava listado antes do encerramento formal da captação que supostamente o financiaria.
Como um fundo pode ter um ativo antes de ter o dinheiro para comprá-lo?
• Como um fundo apresenta um ativo em carteira antes de concluir a captação que o financiaria?
• Quem autorizou essa alocação e em quais termos?
💡 A matemática não fecha. E isso é só o começo...
(inconsistência de trajetória)
Em curto intervalo, os valores reportados do CRI mudam de forma abrupta (ex.: valor cheio → valor menor + “a receber”), sem trajetória linear nos informes.
Há ainda aumento substancial de caixa em determinado mês, explicado apenas depois por nota.
• O CRI foi vendido parcialmente, cedido, reavaliado ou recontabilizado?
• De onde veio o salto de caixa e por que a explicação surge após o evento?
• Daycoval participou da reconciliação desses números? Validou laudos e critérios?
Instrumentos do mesmo pacote aparecem assinados em conjunto, mas não há publicação com o mesmo padrão dos demais.
Registramos como ausência de divulgação pública, não como prova de inexistência.
• Se o documento foi assinado, por que não foi anunciado? Que informação estava reservada?
R$ 130 milhões; 1 investidor PJ
CRI já em carteira antes do fechamento da captação
Data formal do fim do processo
Substituição semanas depois; Daycoval sai junto
A gestora saiu depois de finalizar a captação e transferir o CRI inteiro para o Bedford
Sequência de valores sem trajetória linear e nota explicativa posterior
Itens do pacote de crédito sem publicação equivalente
As peças formam um quebra-cabeça com lacunas. Quem tem interesse em manter essas lacunas?
(para público, imprensa e reguladores)
• Como um ativo aparece antes de a captação terminar?
• Por que a gestora que estruturou a oferta deixa a administração semanas após o encerramento?
• Quem validou e conciliou o fluxo de R$ 130 milhões? Qual foi o papel do banco estruturador em cada etapa?
• O salto de caixa tem contrapartida documentada no mesmo ciclo? Por que a explicação veio depois?
• Há documentos assinados sem publicação com a mesma transparência — por quê?
• Se houve cessões/vendas parciais, onde está o mapa de titularidade e a documentação de suporte?
• A gestora que estruturou a oferta transferiu o CRI entre fundos que ela mesma gerenciava e depois saiu? Daycoval sabia que o CRI estava sendo transferido entre fundos da mesma esfera?
• O novo gestor auditou o papel e ajustou o valor do ativo para o real? Onde está o laudo?
(gancho objetivo)
O gestor deve atuar no melhor interesse dos cotistas, prevenir conflitos, seguir o regulamento e divulgar informações corretas e tempestivas.
Exigem transparência, condições de mercado e documentação idônea (incluindo laudo independente quando necessário).
Entendimentos da CVM reforçam que, em transações entre partes relacionadas ou operações intragrupo, deve-se comprovar que o valor efetivo está fundado em laudo de avaliação por avaliador independente.
Deliberações contrárias à lei ou ao regulamento são nulas; a CVM pode determinar correções e desfazer operações (incluindo recompra de ativos, cancelamento de emissões ou devolução de valores a fundos), conforme precedentes sancionadores.
• Daycoval sabia do status real do papel? Validou a independência do laudo e a ausência de conflito?
• O gestor cumpriu integralmente os deveres de diligência, prudência, prevenção de conflito e transparência?
• Houve assembleia de cotistas e laudo independente antes da transação? Onde estão?
Se caracterizado conflito de interesses sem transparência, ou violação de dever fiduciário/regulatório, a CVM pode reverter/anular a operação e determinar o retorno dos papéis à esfera de quem promoveu a transferência, restabelecendo a regularidade.
O tema gerou discussão em fóruns de investidores e canais independentes: perguntas, hipóteses e alertas se multiplicam.
Existem manifestações públicas das partes negando omissão ou oferecendo justificativas; ainda assim, as incongruências permanecem nos próprios documentos.
• Se tudo está informado e explicado, por que a comunidade segue receosa?
Mais uma das muitas movimentações suspeitas do Cartesia Capital
O engenheiro-chefe da obra Like (Nexgroup) aparece como dono da Florença Incorporadora.
A Florença, mesmo sem histórico robusto, recebeu recentemente um CRI de R$ 50 milhões estruturado pela Cartesia Capital.
O administrador da Florença é o mesmo dono da Nexgroup.
A obra Like já foi entregue há mais de dois anos, mas o CRI segue em aberto.
Vira dono da Florença Incorporadora
Recebe CRI de R$ 50 milhões da Cartesia
É o mesmo dono da Nexgroup
Entregue há 2+ anos, CRI ainda em aberto
• Como um engenheiro-chefe de obra passa a figurar como dono de uma incorporadora alavancada em milhões?
• Por que a Cartesia destina R$ 50 milhões justamente a essa operação?
• Qual o sentido de uma obra entregue há anos ainda sustentar títulos em aberto?
• Como um empreendimento entregue há 2 anos, que não vendia nem 500 mil mês, em 3 meses quitou 6 milhões? Florença é a resposta?
E o detalhe: Nexgroup e Florença se encontram não só no canteiro, mas também na administração.
Não são respostas prontas — mas os fatos alinhados levantam dúvidas incômodas.
Quando os mesmos nomes aparecem em diferentes papéis, conectando obra, incorporadora e fundo, será coincidência… ou um modelo repetido de bastidores?
Lembrando: o engenheiro é o mesmo que no áudio diz que recebe ordem direta do fundo pra não pagar a CNO que geraria o registro do Habite-se, impedindo que várias unidades fossem leiloadas, pois com o Habite-se poderiam quitar ou financiar.
Conversa onde o engenheiro confirma receber ordens diretas do fundo para não pagar impostos
• Disponibilização integral e imediata dos comprovantes de integralização da captação.
• Publicação cronológica detalhada de todas as movimentações do CRI e respectivas reconciliações contábeis.
• Esclarecimento público sobre o papel do banco estruturador em cada etapa (estruturação, cronograma, validação, conciliações).
• Abertura para auditoria independente sobre fluxos de recursos e laudos de avaliação utilizados.